O Guia Definitivo da Fotografia HDR

fotografia HDR (High Dinamic Range) está super “na moda” ultimamente. Por isso resolvi fazer uma série de artigos sobre o assunto para contemplar tudo sobre essa técnica – desde como tirar as fotos até como editá-las.
Se bem utilizada essa ténica pode dar vida à foto criando um clima super-realista, com um contraste impressionante em cores ou em P&B. Se mal utilizada, no entanto, ela pode criar um resultado falso e esquisito!
Vamos começar?

O que é HDR?

O que chamamos hoje de HDR é uma técnica que – simplificando ao máximo – faz fotos terem o máximo de detalhes mesmo quando a cena fotografada tem muito contraste. Usando esta técnica conseguimos mostrar os detalhes na sombra e na luz, ao mesmo tempo.
Essa técnica já é usada a muito tempo, inclusive com filme. Mas é com o digital que ela ganhou força, sendo mais fácil aplicá-la em diversas situações.

Como utilizar essa técnica?

Para uma HDR legítima é preciso tirar pelo menos 3 fotos com exposições diferentes da cena, utilizar um aplicativo específico (Photomatix, Photoshop, etc) para juntar esssas exposições e depois fazer diversos ajustes finos na imagem final.
Essas necessidades tornam a técnica um pouquinho complicada, mas não impossível ;)
Dá pra fazer só com uma foto? Sim – mas existem limites e a qualidade final da imagem vai cair. Dá pra fazer sem o cuidado de um tripé? Dá – mas as chances de aparecerem aberrações serão maiores. Dá pra fazer com uma câmera simples? Sim – mas as compactas não oferecem algumas facilidades na hora de tirar as fotos.
Mas o mais complicado não é a criação da HDR em si, e sim usar a situação ideal. O pecado de muitas HDRs que vemos por aí é o uso exagerado e muitas vezes sem necessidade da técnica.

Resumindo

Para criar uma foto com um Alcance Dinâmico Altíssimo (que é a HDR) nós tiramos três fotos que peguem os detalhes de toda a imagem:
E juntamos elas em uma só:
Nesta série vamos aprender o Passo a Passo para criação de imagens assim:

Série: Tudo Sobre HDR

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5 dicas para fotos noturnas

Fotos noturnas são um pesadelo: é difícil focar, é difícil medir a luz e na maior parte das vezes acabamos com fotos escuras, tremidas ou com um montão de ruído.
fotos-noturnas-claudia-regina4
ISO 100 | 10mm | f/2.8 | 1/25seg
foto por Claudia Regina
Mas não desanime: fotos noturnas podem ser muito divertidas de fazer e depois que a gente pega o jeito, dá vontade de trocar o dia pela noite :-)
Dica: para entender melhor essas dicas é uma boa ideia você ler a apostila “Aprenda a fotografar em 7 lições“.
Não sou – nem de longe! – especialista neste tipo de foto, mas durante minhas viagens arrisco algumas. Conto, então, alguns truques que me ajudaram a conseguir fotos mais interessantes e que provavelmente podem te ajudar também.

1. Tripé é bão… mas não precisa ser grandão

Fotos noturnas normalmente exigem tempos longos de exposição. Embora um tripé seja bastante indicado, eu sei muito bem como tripés são chatos. Eles são grandes e pesados, ocupam espaço e muitas vezes não podem ser levados como bagagem de cabine em viagens de avião. Um tripé grande é muito importante em fotos de estrelas ou de auroras boreais, mas para outras fotos noturnas eu prefiro usar um tripézinho pequeno de pernas flexíveis.
foto: divulgação gorillapod
foto: publicidade do gorillapod
Veja abaixo meu mini-tripé em ação e o resultado da foto:
claudia-regina-gorillapod2
ISO 100 | 10mm | f/8 | 30seg
foto por Claudia Regina
Uma dica extra: é claro que estes tripés não são tão estáveis quanto um tripé normal. Se você não tem ou não gosta de usar um disparador remoto é bem possível que o movimento de apertar o botão disparador faça sua foto ficar completamente tremida! Neste caso, use o temporizador da câmera (quando o tripé me parece especialmente balançante, uso o temporizador de 10 segundos. Se não, uso o de 2 segundos).

2. Use o (subsestimado) nivelador da sua câmera

É muito fácil fazer fotos noturnas tortas, pois temos menos referências. Nessa situação o ideal é usar o nivelador embutido da sua câmera para ter horizontes retos. Procure no seu manual: se sua câmera não possui nivelador, use o nivelador de bolha do tripé.
foto-noturna-nivelador
fotos-noturnas-claudia-regina3
ISO 500 | 35mm | f/1.4 | 1/13seg
foto por Claudia Regina

3. Choveu? Fique feliz!

Chuva costuma ser uma péssima notícia, mas para fotos noturnas ela é bem vinda. Já notou que na maioria das cenas noturnas dos filmes as calçadas estão molhadas? É que a água reflete a luz, logo a chuva nos ajuda a deixar a cena mais bem iluminada e interessante.
Na próxima vez que chover você já sabe: ao invés de se encolher na cama, bota uma capa de chuva e saia pra fotografar!
ISO 200 | 10mm | f/10 | 30seg foto por Claudia Regina
ISO 200 | 10mm | f/10 | 30seg
foto por Claudia Regina

4. Aberturas bem fechadinhas

Aberturas mais fechadas (como f/22) permitem exposições mais longas e, consequentemente, conseguimos registrar movimentos de forma interessante (clique aqui para saber mais sobre longas exposições.)
fotos-noturnas-claudia-regina5
ISO 800 | 35mm | f/22 | 30seg
foto por Claudia Regina
Em fotos noturnas a abertura menor também permite que os pontinhos de luz se pareçam com estrelas. Pode parecer um detalhe bastante pequeno, mas em uma foto maioritariamente escura isso faz bastante diferença :-)
fotos-noturnas-claudia-regina2
ISO 100 | 10mm | f/22 | 30seg
foto por Claudia Regina

5. Por fim… as configurações

Sei que uma das grandes dificuldades da fotografia noturna é a parte mais técnica. Embora cada situação seja única (pra variar!), algumas dicas são válidas:
Para focar: use o liveview (tela LCD) da câmera e dê zoom para focar manualmente. Normalmente é mais fácil focar em pontos de luz do que em outras áreas. Eu não costumo confiar no foco automático nesses casos.
Para a foto não ficar com muito ruído: aposte na longa exposição ao invés do ISO alto. Eu, pessoalmente, não acho que o ruído é algo tão do mal assim. Veja nas configurações das fotos acima que às vezes “sacrifiquei” o ISO, às vezes a abertura (usando até 1.4!) e, na maior parte dos exemplos, o tempo de exposição (de até 30 segundos.)
Para a foto não ficar tremida: o tripé é seu amigo, mas se não tiver um disponível, apoie a câmera em um banco, no chão, no muro, em qualquer lugar :-) Só não vale achar que vai ser possível segurar a câmera firme por 2 segundos.
Para a foto não ficar escura: a fotometria de uma cena noturna é diferente da cena diurna. Dificilmente seu fotômetro ficará zerado. Embora, repito, situações diferentes peçam soluções diferentes, lembre-se que a tendência é que o fotômetro fique um ou dois pontos no negativo. Na dúvida, teste e refaça.
E uma dica extra: todos os lugares que ficam apinhados de turistas durante o dia costumam estar vazios de madrugada. Se o seu destino de viagem é seguro não deixe de reservar uma noite para passear. É divertido para conhecer lugares de outro ângulo, e não estou falando só do ponto de vista fotográfico. :-)

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Fotografia noturna: como fazer fotos do céu estrelado

Mesmo quem não entende lá muita coisa das estrelas tem que concordar que fotos do céu estrelado podem ficar muito bonitas.
ISO 1000 | 14mm | f/4 | 30seg • foto por Claudia Regina
ISO 1000 | 14mm | f/4 | 30seg
foto por Claudia Regina
Eu comecei a me interessar pelo assunto recentemente. Visitei a Islândia, um dos lugares com o céu mais lindo do planeta, e comecei também a fazer viagens para caçar a Aurora Boreal, o que me fez aprender a apreciar o céu de outra forma – e a olhar mais frequentemente para o alto! Também estou tentando aprender um pouco mais sobre navegação astronômica e, papo vai papo vem, tudo isso me levou a procurar dicas para fotografar melhor o céu noturno.
Conto aqui alguns dos segredos que encontrei para fazer fotos sem equipamento especializado para quem, assim como eu, quer começar a explorar o universo usando a fotografia.
Para botar essas dicas em prática é importante ter uma câmera com modos manuais, como uma DSLR. É importante também saber o básico da fotografia. Se você não sabe, leia a apostila Aprenda a fotografar em 7 lições :-)

O que precisamos para boas fotos de estrelas?

A primeira coisa que você vai precisar é de muita escuridão! Infelizmente nossas cidades causam uma enorme poluição luminosa, e é difícil ver e fotografar o céu nessas condições. Nossa sorte é que nosso país possui muitas áreas menos iluminadas, onde é possível ver mais estrelas. Visite este site e veja no mapa um local com pouca poluição luminosa próximo de onde você mora. A lua também emite muita luz, então procure planejar suas fotos para uma época de lua nova.
ISO 1000 | 14mm | f/4 | 30seg foto por Claudia Regina
ISO 2000 | 10mm | f/2.8 | 30seg
foto por Claudia Regina
As estrelas estão beeeem longe, então é necessário usar uma exposição longa para conseguir captar a luz que elas emitem. Às vezes usamos 30 segundos ou mais. É essencial, então, usar um tripé que consiga manter sua câmera firme e forte durante esse tempo todo! Um bom tripé é o equipamento mais importante para este tipo de foto.
Indico também as lentes grande-angulares. Com elas conseguimos captar bastante da imensidão do céu e também a paisagem, deixando a foto mais interessante. Para facilitar a sua vida, é bom também usar um disparador remoto, que permite fazer a foto sem tocar na câmera (evitando tremores) e selecionar facilmente o tempo de exposição preferido. Atualmente, uso um disparador remoto que se conecta no meu celular, o Triggertrap. É mais fácil de usar que os disparadores comuns, pois usa a interface do próprio celular com um app bacaninha.
Dica: se for usar o celular como disparador remoto ou mesmo para conseguir ver melhor no escuro, tente diminuir o brilho da tela para o mínimo possível. Assim você não ofusca sua visão na escuridão. Se você estiver junto com outras pessoas, isso também evita de estragar a foto delas!
O último item necessário é paciência. As nuvens são bem vindas durante o dia, mas são as maiores inimigas das fotos de estrelas! É essencial ter calma e esperar elas passarem. Muita gente gosta de fazer esse tipo de foto durante acampamentos, pois além de conseguir pernoitar em lugares sem poluição luminosa, dá pra ficar a noite inteira olhando o céu e esperando a situação ideal. Se for impossível se livrar das nuvens, junte-se a elas, e tente incluí-las na composição.
ISO 6400 | 10mm | f/2.8 | 30segfoto por Claudia Regina
ISO 6400 | 10mm | f/2.8 | 30seg
foto por Claudia Regina
Quer ter uma ideia do que você está fotografando? Dá pra usar aplicativos no celular que, usando realidade aumentada, te mostram o sol, a lua, os nomes das estrelas e constelações, e mesmo a via láctea. Eu uso o app grátisStar Chart (tem pra android e ios). Ele dá umas travadas de vez em quando, mas é grátis. Existem outros melhores que são pagos. :-)

Para facilitar, lá vai um resuminho:

Quando? Durante a lua nova.
Onde? Em um lugar bem escuro e sem poluição luminosa.
Qual equipamento? Um tripé bem firme é essencial. Uma lente grande angular e um disparador remoto são muito úteis.

Passo a passo

Ok, agora que você já escolheu um lugar bem escuro e está com o tripé pronto apontando para o céu. Vish, como ver a composição? Como focar? Como fotometrar?
Você vai perceber que no escuro é bem difícil ver o que você está fotografando! Nessa hora, vale a tentativa e erro. Não se importando muito com as configurações exatas, aponte para onde quer fotografar olhando pelo visor (não pelo LCD, que fica num breu total) e faça algumas fotos de teste, para descobrir a melhor composição.
Depois disso, chega a hora de fazer o foco. O mais prático é deixar no modo manual, sempre checando o resultado a cada foto. Às vezes esbarramos na lente sem querer, ao mudar a câmera de lugar, e o foco vai pro espaço (desculpe o trocadilho!)
ISO 6400 | 10mm | f/2.8 | 19seg • foto por Claudia Regina
Opa… acho que o foco ficou um POUCO errado.
ISO 6400 | 10mm | f/2.8 | 19seg 
foto por Claudia Regina
A maioria das lentes possui uma marcação que permite selecionar o foco infinito. É este que você vai escolher (use uma lanterna ou celular para ver a marcação no escuro.) Se a sua lente não possui essa marcação, crie uma. Durante o dia, use o foco automático para focar em um lugar bem longe, e use fita adesiva para marcar ou prender o anel de foco da lente.
Agora sim.
ISO 6400 | 10mm | f/2.8 | 19seg 
foto por Claudia Regina
A fotometria é fácil: use a máxima abertura que a sua lente permitir e o máximo de ISO que você tem coragem(de acordo com o nível de ruído que sua câmera cria). O tempo de exposição deve ser longo o suficiente (quanto mais longo, mais sua câmera vai conseguir registrar as estrelas mais fraquinhas.) Será necessário fazer testes: comece com 30 segundos e altere conforme o resultado.
Mas tome cuidado: ao usar um tempo de exposição muito longo a câmera começará a registrar o movimento de rotação da terra, fazendo com que as estrelas façam riscos no céu. Esse efeito – chamado de star trail – pode ser muito legal, mas nem sempre é o que você quer. Para saber o máximo de tempo que você pode usar sem que as estrelas comecem a se mover na foto, divida 500 pela distância focal da lente. Se estou usando uma lente 10mm, por exemplo, poderei usar até 50 segundos sem que as estrelas criem um rastro.
Veja abaixo um exemplo de duas fotos que fiz na mesma situação e com as mesmas configurações, só trocando a lente:
Usando uma 10mm ISO 1000 | 10mm | f/3.5 | 30segfoto por Claudia Regina
Usando uma 200mm
ISO 1000 | 10mm | f/3.5 | 30seg
foto por Claudia Regina
Usando uma 10mmISO 1000 | 10mm | f/3.5 | 30segfoto por Claudia Regina
Usando uma 10mm
ISO 1000 | 10mm | f/3.5 | 30seg
foto por Claudia Regina
Se você está usando uma câmera com fator de corte, use a distância focal aparente no cálculo. Uma lente 10mm usada numa câmera com fator de corte de 1.6 vai ter uma distância focal de 16mm. 500 / 16 = 31. Posso usar, neste caso, no máximo 31 segundos.

Aurora Boreal

Algumas dessas dicas são parecidas com aquelas que já escrevi no post sobre como fotografar a Aurora Boreal. Se você se interessou pelas fotos noturnas e pelas fotos da Aurora, talvez goste de saber que abri o terceiro e último grupo para minha viagem fotográfica de caça à Aurora, em março/14!
Eram somente dois grupos, mas como a procura foi grande conseguimos organizar um terceiro. Não deixe pra depois, hein? É o último mesmo! Se você tem interesse, clique aqui e saiba mais. Até o fim deste mês dá pra parcelar em mais vezes.

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Como tirar fotos bem focadas

Já falei aqui sobre como fazer uma foto com fundo desfocado, mas mesmo quando queremos o fundo desfocado… Algo estará em foco! Como fazer este foco ficar onde queremos?
Foto por Claudia Regina
ISO 100 | 35mm | f/1.4 | 1/800seg
foto por Claudia Regina
Temos duas opções na hora de definir o foco nas nossas fotos:
1. Podemos usar o modo manual de foco da lente, e ir girando o anel de foco até ele ficar onde queremos.
2. Podemos usar o modo automático, clicando o botão disparador até a metade até a câmera encontrar o foco (por padrão, as câmeras fazem um BIP na hora que o foco foi encontrado) e depois, clicando até o final.
Fazer o foco manualmente é muito interessante em algumas situações, mas não tem segredo: é preciso praticar para pegar o jeito.
Ao usar o foco automático, é preciso falar para a câmera onde queremos o foco. Como fazer isso? Bom, todas as câmeras tem pontos focais. Algumas possuem mais ou menos pontos, mas eles sempre se parecem mais ou menos com isso:
Pontos focais
Veja no seu manual como selecionar as diferentes opções de foco automático (vai estar escrito algo como “Modos de AF”).
Se você seleciona todos os pontos, a câmera é que vai decidir onde ficará o foco. Ao apertar o botão disparador até a metade, ela vai te mostrar quais foram os focos escolhidos (eles vão piscar em vermelho.) Essa opção não nos dá muito controle, pois a câmera vai decidir sozinha onde o foco ficará (e normalmente ela vai escolher o lugar mais fácil.)
Existe também a possibilidade de escolher somente um ponto (ou uma pequena área), e assim dizer pra câmera onde ela deve focar.
Você pode decidir, por exemplo, que quer o foco no olho direito de uma modelo. Uma das formas de fazer isso é selecionar, na hora da foto, somente o ponto que fica em cima do olho. Aí, você aperta o botão disparador até a metade, a câmera faz BIP, e você aperta até o final pra fazer a foto!
af-pontual
Outra solução é escolher o ponto focal central, colocá-lo em cima do olho direito da modelo, apertar o botão disparador até a metade para focar, e depois (sem soltar o botão), recompor da forma que você queria originalmente, e aí sim, apertar até o final e fazer a foto.
Focar e recompor
Essa técnica é muito interessante (e muito rápida), mas ela deve ser usada com cuidado em algumas situações. Se você está perto do assunto fotografado ou se está usando uma abertura bem grande (logo, com profundidade de campo limitada) é possível que essa técnica falhe! Na hora de recompor, o foco vai acabar um pouco mais atrás do que você havia planejado.
O perigo de focar e recompor
Essa situação acontece bastante com a famosa lente 50mm f/1.8. A primeira coisa que digo pra quem está com dificuldades em focar com a cinquentinha é para desistir do focar-e-recompor!
Quem gosta de usá-la para fazer fotos usando a abertura máxima precisa prestar atenção: se você notar que o foco está saindo sempre um pouco atrás de onde você gostaria, este pode ser o problema. Teste outras opções (como usar o foco manual ou selecionar o ponto mais próximo de onde você está focando, ao invés do central.)
Ps.: Se você não sabe o que é abertura ou profundidade de campo, sugiro começar pela apostila Aprenda a fotografar em 7 lições :-)
Não existe método perfeito de fazer o foco, e sim o método que faz você conseguir os resultados que você deseja! Teste as opções da sua câmera (ela pode te dar mais opções, além dessas) e veja qual gosta mais.
Quer ir além? Leia: O segredo das fotos nítidas.

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Como dominar a Exposição Perfeita

Uma das buscas rotineiras dos fotógrafos que não chegaram ainda ao patamar da maestria técnica é pela exposição perfeita em todas situações. Vamos entender?


Uma das coisas complicadas na fotografia atual é, sem sombra de duvida, dominar os recursos da câmera digital profissional. A minha mais recente câmera deve ter mais de 150 controles, entre botões e ajustes de menu. Sim, leva tempo para aprender tudo, ler o manual, etc Se você deseja dominar a fotografia então esta imersão técnica será necessária. É a base que preciso de você para este artigo, portanto, primeiro de tudo estude seu equipamento, principalmente a parte de controles de exposição, fotometria e histograma.
Sei que muita gente ainda tem dificuldades com o básico e por esta razão, muito em breve, tenho planos de lançar um DVD e um livro com um guia de campo básico para os mais novatos, acho que isto é necessário e vai nivelar muita gente que tem dificuldade de acesso a informação no Brasil e principalmente em língua estrangeira. Neste artigo vou considerar que você já sabe o básico.
Como comentei anteriormente, hoje pretendo falar da luz pois depois de entender os controles da câmera, a luz é de fato um dos pilares de conhecimento da fotografia. ¨Ler uma imagem¨ em uma cena que será fotografada sob o ponto de vista de qualidade de luz e contrastes, rápido, é um dos pontos que você precisa dominar e é o que separa os fotógrafos amadores dos fotógrafos profissionais.

Sensores e lentes

Acho que vale a pena sempre repetir, na captação da luz a qualidade da lente (claridade) e qualidade do sensor fazem toda a diferença. Infelizmente os sensores que hoje fazem o papel do antigo filme não são perfeitos, possuem aquecimento quando usados em exposições mais longas, introduzindo ruídos ou possuem limites de captação de luz pois uma imagem é registrada dentro de uma variação de 5 f/stops. Nos tempos do filme, quando captamos luz demais, aumentando a exposição, perdíamos os detalhes nas partes brancas da foto e subexpondo demais perdíamos os detalhes nas partes pretas, ou seja, perdíamos a foto. Hoje as coisas mudaram e boa parte das câmeras profissionais possuem um histograma. Consultando o mesmo em tempo real já podemos evitar estes dois casos (algumas câmeras inclusive possuem alerta de altas luzes que piscam nos detalhes claros da imagem para informar onde os detalhes no branco estão sendo perdidos). A solução neste caso é simples, basta mudar a exposição compensando a mesma em um ponto ou dois (técnica de ¨bracketing¨) para uma exposição perfeita.

Histograma

Nada mais é do que um gráfico com 256 níveis de brilho da imagem. Uma concentração de pontos a esquerda ou direita pode indicar subexposição ou superexposição. É importante considera-lo como uma base referencial, algo apenas para nos ajudar a tomar uma decisão sobre a exposição, já que em uma ¨exposição criativa¨ nem sempre a criatividade está alinhada com uma exposição tida como tecnicamente ideal, isto é, com presença no gráfico dos vários tons distribuídos em uma curva quase uniforme.

camera 1 660x494 Como dominar a Exposição Perfeita 

Exposição e suas ¨pegadinhas¨

O truque para acertar as exposições é saber que deixando a câmera no modo exposição ¨P¨ ou automático, aquele pequeno japonês ou alemão em miniatura que está lá dentro da câmera pode fazer um monte de bobagens.
A lógica é bem simples, a câmera procura basear a fotometria no cinza médio cerca de 13 a 18% de cinza, na metade do espectro do gráfico do histograma, nível 128 (na escala de 0 a 256 níveis).
De fato existem duas considerações que desejo fazer, a fotometria automática acerta mais se você der uma informação da luz da cena que vai ser fotografada (usando o modo cenário disponível em algumas câmeras). Explico melhor, baseado em situações conhecidas de luz, a câmera calibra a exposição compensando alguns ajustes para que o resultado seja bem melhor (superexpondo ou subexpondo) no modo cenário ou programa ou nome equivalente. Ex. configurar a câmera para modo cenário. Quando escolher usar cena de ¨dia de sol na praia¨ (a câmera vai provavelmente usar esta informação sobre a cena e subexpor um pouco) ou cena de ¨fogos de artifícios¨ (vai aumentar a exposição e sensibilidade ISO para a cena).
A segunda consideração é que a câmera provavelmente fará um ótimo trabalho de exposição no modo automático se a cena não tiver um contraste alto ou seja, ¨baixo contraste¨. Neste casos, fica a dica, na pós-produção, olhe o histograma no Photoshop ou equivalente, e se houver um pequeno espaço sem informação nas bordas, quer dizer que a captação da imagem teve baixo contraste e neste caso recomendo que você alinhe o ¨0¨ do histograma (preto absoluto) com o principio do gráfico da imagem e o 255 (branco absoluto) com o fim do mesma. Com o contraste ajustado ficará mais legal !
Existem algumas situações que enganam o fotômetro da câmera e portanto agora preciso que você pare esta leitura por alguns instantes e pense quais as situações de luz , cenários, onde você tem ou teve desafios com alto contraste e intensidade de luz extremas.
Pensou?!
Ok, desligue a câmera e a cabeça do modo automático.

Situações clássicas de luz e a correção proposta

Use as dicas como base inicial para estudo da luz e ajustes, cada cena é única e o ajuste pode e deve variar:
- Cena de artista iluminado por luz pontual cercado por fundo preto, a indicação da fotometria da câmera vai provavelmente superexpor. Correção: compense -1 f/stop
- Cena com baixo contraste, a indicação da fotometria da câmera vai provavelmente acertar. Ponto para o japonesinho ou para ao alemãozinho dentro da câmera
- Cena com bastante céu claro em 65% da cena, a indicação da fotometria da câmera vai provavelmente subexpor. Correção: compense +1 f/stop
- Cena com muito predomínio de branco ou muita claridade, uma praia em dia muito ensolarado, a câmera vai tentar acertar a luz para um cinza médio e o resultado ficará uma cena acinzentada, longe do branco original, subexposta. Correção: compense +1,5 f/stop a +2 f/stop
- Cena com muito predomínio de preto ou sombras, uma pessoa ou coisa pequena contra um fundo escuro, novamente a câmera vai tentar acertar a luz para um cinza médio e o resultado ficará uma cena acinzentada, superexposta. Correção: compense -1,5 f/stop a – 2 f/stop
- Cena de pessoa contra o sol , a indicação da fotometria da câmera provavelmente vai subexpor. Correção: compense +2 f/stop e use um flash de preenchimento para evitar obter uma silhueta

Nota – tenho que confessar que já vi câmeras no modo inteligente (uma espécie de leitor automático de cena) lidarem com situações difíceis de alto contraste, acertando em cheio boa parte das vezes, infelizmente não é regra. As marcas TOP tem feito um ótimo trabalho neste sentido. Como estamos com o objetivo de ensinar você, avalie como sua câmera se comporta nas situações extremas de luz e tire suas próprias conclusões.

Usando HDR

Mesmo calibrando melhor a fotometria com a compensação de exposição, algumas situações de alto contraste ou perdem detalhes nas altas luzes ou nas sombras, portanto uma saída e usar a técnica do HDR (high dynamic range). Este nome complicado significa algo simples, obter a mesma cena em capturas sequenciais com ajustes de exposição diferentes, buscando compor com as imagens misturadas toda a extensão da faixa dinâmica, impossível de se obter com uma única foto.
Como fazer: Com auxilio de um tripé e timer ou disparador externo, fotografe um ponto E.V. (valor de exposição) acima, um ponto E.V. abaixo e um E.V. como indicado pelo fotômetro da câmera. Ex: em um dia ensolarado e com um cenário com alto contraste, capturar três imagens, uma com f/8 1/250s, outra com f/8 1/125s e outra com f/8 1/60 (atente que mantive o f/stop=8 para preservar a profundidade de campo). Depois, com auxilio de um programa para unir as imagens HDR, como Photoshop ou Photomatixpro (existem muitos programas, inclusive gratuitos na web) você obterá uma imagem de ¨tirar o folego¨ com uma faixa de resolução dinâmica muito mais ampla que o normal. O sanduiche típico é feito com no mínimo e 3 imagens mas já ouvi casos de pilhas enormes para obter um espectro de nuances alto, sei lá… acho exagero.
Dica – algumas câmeras disponibilizam o HDR de forma mais simples, pois já possuem alguma automação para este processo, inclusive dispensando o software de pós-produção obtendo a imagem final na hora, na câmera. Antes de obter uma imagem como sugerido acima veja no manual de sua câmera se já não existe pronto um processo mais simples e mais automático. A lógica contudo é sempre a mesma, obter várias exposições diferentes e fazer um sanduiche de imagens com maior alcance dinâmico ou latitude.
Conclusão – Esta foi uma pequena introdução no assunto luz e exposição que acho realmente fascinante. Procure treinar o olhar nas situações de luz clássicas (acima) como ponto de partida para depois, aprofundar mais. Treine os ajustes de compensação de exposição. Tenho certeza que se ao menos você reconhecer estas situações básicas, de pronto, vai melhorar em muito a qualidade da exposição das imagens.
No próximo post posso falar sobre ¨Desfoque criativo¨ ou ¨Criando imagens de alto impacto¨ se curtiu, opine nos comentários abaixo e me ajude a escolher o tema que mais gosta votando aqui mesmo nesta página.
- See more at: http://www.fotografia-dg.com/como-dominar-exposicao-perfeita/#sthash.LlH9tGZc.dpuf

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Rainbow Splash — uma brincadeira com muita água

Bruno Lanzone nos conta como criou o rainbow splash — imagens com splashes coloridos sobre corpos com um criativo truque que remete à produção de filmes.


Minha infância foi marcada por inúmeras brincadeiras com guerra de água, seja com arminhas ou balões, mas a diversão era garantida mesmo pegando um resfriado ou uma gripe, sem contar a surra que levava da minha mãe. Mas quem disse que essa época passou?
Resgatando essa brincadeira, busquei inspiração no programa A Super Câmera, da Discovery, onde eles registravam o exato momento que um balão d’água estourava quando atingia o rosto de alguém. Juntando essa ideia, mais as brincadeiras de infância, por que não fazer algo parecido?

splash dagua 6 Rainbow Splash — uma brincadeira com muita água
Queria registrar a água espatifando sobre um corpo nú, mostrando exatamente o contorno e as curvas, mas para atingir esse efeito, foi preciso muita quantidade de água. Mas vocês devem estar se perguntando, como foi feito isso? Como conseguiu essa variação de cores?
Muito simples. Vocês conhecem chroma key? Trata-se daquele efeito de televisão com o fundo verde, lembrou? Fiz exatamente isso, porem ao contrário.
splash dagua 2 Rainbow Splash — uma brincadeira com muita água
O fundo não era verde, mas sim a água, tendo a liberdade de seleciona-la e manipular sua cor. Para conseguir a água verde foi utilizado anilina, assim não corria o risco de provocar algum tipo de reação alérgica nos modelos.
E depois de vários teste, vários banhos de água e nenhum resfriado, graças a Deus, o resultado é esse.
splash dagua 3 Rainbow Splash — uma brincadeira com muita água
splash dagua 5 Rainbow Splash — uma brincadeira com muita água
splash dagua 7 Rainbow Splash — uma brincadeira com muita água
splash dagua 1 Rainbow Splash — uma brincadeira com muita água
E aí, gostaram do rainbow splash? Achamos uma ideia bem interessante…

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